Trabalho de Sociologia 4ºBimestre 1ºG
Professor : Mauro Nascimento
Gabrielle A. Nº:07/Gleisyhelem L. Nº:08/
Jeniffer C. Nº:20/Jéssica C. Nº: 23 /Jennifer T. Nº:43



sábado, 30 de outubro de 2010

Bob Marley



Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 — Miami, 11 de maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.
Bob foi casado com Rita Marley, uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus filhos, Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiu carreira musical.
Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggae enquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo.
A maioria do trabalho inicial de Marley foi produzida por Coxsone Dodd no Studio One. O relacionamento dos dois se deterioraria mais tarde devido a pressões financeiras, e no começo da década de 1970 ele produziu o que é considerado por muitos o seu melhor trabalho, então pelas mãos de Lee "Scratch" Perry. A dupla também se separaria, desta vez por problemas com direitos autorais. Eles trabalhariam juntos novamente em Londres, e permaneceriam amigos até a morte de Marley.
O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records, de Chris Blackwell, em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi ali, com No Woman, No Cry em 1975, que ele ganhou fama internacional..
Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge (na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas tranças. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo). Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. A doença foi mantida em segredo do grande público.
Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratocaster vermelha.

É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores,
mesmo correndo o risco de perder tudo,
do que permanecer estático, como os pobres de espírito,
que não lutam, mas também não vencem,
que não conhecem a dor da derrota,
nem a glória de ressurgir dos escombros.
Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada
na Terra não agradecem a Deus por terem
vivido, mas desculpam-se perante Ele,
por terem apenas passado pela vida.
(Bob Marley)

Bob Marley-Is This Love(Live Version)

Jimi Hendrix


James Marshall "Jimi" Hendrix (nascido Johnny Allen Hendrix; Seattle, novembro de 1942– Londres, 18 de setembro de 1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano. Freqüentemente é citado por críticos e outros músicos como o maior guitarrista da história do rock,e um dos mais importantes e influentes músicos de sua era, em diferentes diversos gêneros musicais.Depois de obter sucesso inicial na Europa, conquistou fama nos Estados Unidos depois de sua performance em 1967 no Festival Pop de Monterrey. Hendrix foi a principal atração, dois anos mais tarde, do icônico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wright, em 1970. Hendrix dava preferência amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, e ajudou a desenvolver a técnica, até então indesejada, da microfonia.Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, que ele utilizava freqüentemente para dar um timbre exagerado a seus solos, particularmente com o uso de bends e legato baseados na escala. Foi influenciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters,Howlin' Wolf, Albert King e El more,guitarristas de rhythm and blues e soulcomo Curtis Mayfield, Steve Cropper, assim como de alguns artistas do jazz moderno.Em 1966, Hendrix, que tocou e gravou com a banda de Litlle de 1964 a 1965, foi citado como tendo dito: "Quero fazer com minha guitarra o que Litlle Richard faz com sua voz."
O guitarrista mexicano Carlos Santana sugeriu que a música de Hendrix poderia ter sido influenciada por sua herança parcialmente indígena.Como produtor musical, Hendrix também inovou ao usar o estúdio de gravação como uma extensão de suas idéias musicais. Foi um dos primeiros a experimentar com a estereofonia e phasing em gravações de rock.
Hendrix conquistou diversos dos mais prestigiosos prêmios concedidos a artistas de rock durante sua vida, e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama da Música do Reino Unido, em 2005. Um blues (placa azul) foi erguido, com seu nome, diante de sua antiga residência, na Brook Street, de Londres, em setembro de 1997. Uma estrela na Calçada (Hollywood Boulevard, 6627) foi dedicada a ele em 1994. Em2006 seu álbum de estréia nos Estados Unidos, Are You Experiência, foi inserido no Registro Nacional de Gravações, e a revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.Também foi a primeita pessoa a fazer parte do Hall da Fama da Música Nativo-Americana.

Jimi Hendrix - Purple Haze


Cartola




Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um cantor, compositor e violonista brasileiro.Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão.Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.
Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário.Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".Junto com um grupo amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba, "Chega de Demanda". Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas.O barraco dividido por Cartola e Deolinda era habitado por mais gente, todos sustentados pela dona de casa, que lavava e cozinhava para fora. Sob seu teto e de Deolinda, Noel Rosa foi se abrigar algumas vezes, à procura de um refúgio tranqüilo.Cartola exercia a atividade de pedreiro apenas esporadicamente, preferindo assumir o ofício de compositor e violonista nos bares e tendas locais. À época, já se firmava como um dos maiores criadores do morro, ao lado do grande amigo Carlos Cachaça e Gradim.
Em 1978, quase aos 70 anos, se transferiu da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, buscando um pouco mais de tranqüilidade, na tentativa de continuar compondo, mas sempre voltava para visitar os amigos no morro onde crescera e se tornara famoso. A residência de Cartola e Zica em Mangueira era muito frequentada por músicos e jornalistas, o que levou o casal a procurar um pouco de sossego. Era finalmente a primeira casa própria do artista, o máximo que ele conseguiu com o sucesso obtido no final da vida. Em frente à sua porta, foi inaugurada em seguida uma praça apropriadamente batizada de As Rosas Não Falam.
Três dias antes de morrer, recebeu de Carlos Drummond de Andrade sua última homenagem em vida.O poeta lhe dedicou uma comovente crônica, publicada pelo Jornal do Brasil.
Cartola morreria de câncer em 30 de novembro de 1980, aos 72 anos de idade. Após o velório na quadra da Estação Primeira de Mangueira, o corpo de Cartola foi sepultado no Cemitério do Caju. Atendendo a seu pedido, no dia 1º de dezembro, data de seu funeral, Waldemiro, ritmista da Mangueira, que havia aprendido com ele a encourar seu instrumento, marcou o ritmo para o coro de "As Rosas Não Falam", cantada por uma pequena multidão de sambistas, amigos, políticos e intelectuais, presentes em sua despedida. Em seu caixão a bandeira do time do seu coração, o Fluminense.


Cartola-Peito Vazio

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Paulinho da Viola


Filho de violonista, Paulinho da Viola cresceu num ambiente musical. Sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro - onde nasceu em 12 de novembro de 1942 - foi regada por muita música e histórias.
Naquela época, não havia muitas opções de brinquedos industriais para as crianças de classe média baixa, Paulinho e seus amigos tinham que usar a imaginação para se divertir. O jogo de botão era feito de coco, a bola de futebol era feita de meia e quando a rádio-patrulha não estava por perto a garotada jogava no meio da rua Pinheiro Guimarães improvisando um campo, prática impensável nos dias de hoje devido ao grande movimento de automóveis.
A história musical de Paulinho começa com seu pai – Benedicto Cesar Ramos de Faria – violonista integrante desde a primeira formação do lendário grupo de choro Época de Ouro, considerado o maior grupo de choro da história, ainda em atividade. Cesar tocava no grupo mais por vocação e prazer do que por necessidade. Para manter a família, trabalhava como funcionário da Justiça Federal. Músicos como Cesar, mais do que nunca, estavam liberados de modismos e exigências do mercado, faziam música por prazer e vocação.
Ainda jovem, por diversas vezes, foi por conta própria às reuniões promovidas por Jacob do Bandolim, o maior virtuose do instrumento no país, lá ficava atento aos encontros musicais e as histórias do grande mestre. Mesmo com toda essa experiência, a profissão de músico era algo que Paulinho não imaginava estar no seu caminho, já que até grandes ícones da música brasileira como o próprio Jacob não viviam exclusivamente de sua arte.
As escolas e os blocos carnavalescos representavam geograficamente cada região da cidade. Paulinho criou junto com seus amigos o bloco Foliões da Rua Anália Franco, para representar a rua onde morava sua tia. A escola de samba União de Jacarepaguá, localizada perto dali, estava crescendo e convidou os jovens foliões para integrar o seu conjunto. Foi o primeiro contato de Paulinho com uma escola de samba. Logo na quadra desta escola, Paulinho apresentou um de seus primeiros sambas, chamado "Pode ser Ilusão". Ilusão não era, começava sua história como sambista.
Sentado à sua mesa de trabalho, no início do ano de 1964, Paulinho vê alguém ser atendido por outro funcionário e nota que já o conhece de algum lugar. Num impulso incomum para um jovem tão tímido, aproxima-se e puxa assunto. Acabaram concordando que já se conheciam da casa de Jacob, numa daquelas reuniões de choro. O poeta Hermínio Bello de Carvalho, então reconhecido, convida Paulinho para visitá-lo em seu apartamento no Catete. Na casa de Hermínio, Paulinho tem a oportunidade de ouvir, pela primeira vez, através de gravações, sambas de compositores como Zé Ketti, Elton Medeiros, Anescar do Salgueiro, Carlos Cachaça, Cartola e Nelson Cavaquinho. Depois arriscou mostrar alguns dos seus. Logo surgiram as primeiras parcerias do jovem compositor com o jovem poeta - mais precisamente duas: Duvide-o-dó, gravada por Isaurinha Garcia anos depois e regravada recentemente no disco Sinal Aberto, com Toquinho; a outra, uma valsa chamada Valsa da Solidão, gravada por Elizete Cardoso em um disco produzido por Hermínio não comercializado.
Dessa amizade com Hermínio nasce uma longa parceria e também o convite para conhecer o Zicartola, um restaurante do sambista Cartola e sua mulher, dona Zica, localizado na tradicional rua da Carioca, onde artistas, jornalistas, intelectuais e outras pessoas se reuniam para ouvir Cartola, Zé Ketti, Elton Medeiros entre outros. Neste restaurante, Paulinho começou a se apresentar tocando composições suas e de outros autores. Um dia, Cartola se aproxima dele e diz: "Paulo, você está vindo aqui, usando seu tempo para tocar e não esta ganhando nada. Tome aqui um dinheiro pra "passagem". Era um pagamento, sutilmente colocado por Cartola. Foi o primeiro pagamento que Paulinho recebeu por sua música, justo das mãos de Cartola. Pode-se dizer então, que Cartola o profissionalizou.
Incentivado por Zé Ketti, Paulinho começou a compor mais e a pensar em mostrar seus sambas para possíveis intérpretes. Junto com Oscar Bigode, o próprio Zé Ketti, Anescar do Salgueiro, Nelson Sargento, Elton Medeiros e Jair do Cavaquinho, Paulinho deixou alguns sambas registrados numa gravadora da época, a Musidisc, com a esperança de que algum intérprete pudesse gravá-los. Não demorou muito e por sugestão de Luís Bittencourt, diretor musical da casa, eles formaram o grupo A Voz do Morro, gravando seus sambas no primeiro disco do grupo, Roda de samba de 1965. Durante a gravação deste disco, um funcionário da gravadora perguntou a cada um dos integrantes do grupo pelos seus nomes, na sua vez Paulinho responde: "Paulo César". E o tal funcionário: "Isto não é nome de sambista". Posteriormente, Zé Ketti leva o fato para Sérgio Cabral que transforma a história em nota publicada num jornal com a solução do problema. Nascia Paulinho da Viola.
Ainda no ano de 1965, Elizete Cardoso, uma das maiores cantoras do país, gravou "Minhas Madrugadas", de Paulinho e Candeia, no disco Elizete Sobe o Morro. Paulinho acompanhou a gravação com o seu jeito típico de tocar violão e Elton Medeiros se encarregou de usar sua famosa caixa-de-fósforos. O jeito de Paulinho tocar naquela gravação é característico de um momento do jovem sambista. Influenciado pelo jeito de seu pai tocar nos regionais e também pelo ritmo empregado por sambistas como Nelson Cavaquinho, surge uma "batida" única que ele mesmo não usa mais.
No final do ano de 1964, Paulinho ainda freqüentava a União de Jacarepaguá. Oscar Bigode, diretor de bateria da Portela a quem Paulinho considerava como primo, faz uma visita à escola. Acompanhado por outros integrantes da Portela, Oscar então convida Paulinho para conhecer a famosa agremiação de Oswaldo Cruz. No domingo seguinte, lá estava Paulinho na ala dos compositores da Portela, apresentando a primeira parte de um samba. Sob os olhos de Monarco, Candeia, Casquinha, Ventura e muitos outros, Paulinho canta sua composição. Casquinha, logo em seguida, acrescenta uma segunda parte e nasce o samba "Recado", o primeiro de Paulinho na Portela, gravado pela primeira vez pelo conjunto A voz do Morro em seu segundo disco.
Paulinho foi logo incorporado à ala dos compositores da Portela. Em 1965, desfilou pela escola e em 1966 apresentou na quadra, para o carnaval, o samba "Memórias de Um Sargento de Milícias". A música foi escolhida para ser o samba enredo da Portela naquele ano. A escola foi campeã do carnaval e o samba de Paulinho recebeu dos jurados a nota máxima. Foi gravado por Martinho da Vila no ano de 1971.
As parceiras de Paulinho continuaram, e em 1966 é chamado para gravar ao lado de Elton Medeiros o disco Na Madrugada. Lançado pela gravadora RGE, Na Madrugada traz sucessos como: 14 Anos, Minhas Madrugadas, Recado, Jurar com Lágrimas, Rosa de Ouro e O Sol Nascerá, esta última de Elton Medeiros e Cartola. Ainda em 1966, Paulinho participa do festival de música brasileira da TV Record com Canção para Maria, em parceira com Capinam, e fica em terceiro lugar. Em 1968, Hermínio Bello de Carvalho resolveu fazer uma surpresa a Paulinho e inscreveu a música "Sei Lá Mangueira" na terceira edição do histórico festival de música da TV Record. A letra de Hermínio, musicada por Paulinho, exaltava a Mangueira, escola de samba rival à Portela. O fato causou preocupação em Paulinho que não queria projetar a música temendo uma reação negativa dos portelenses, mas isso é um caso diferente. O samba foi interpretado por Elza Soares e Paulinho passou a ser olhado com certa desconfiança na Portela, mas o compositor diz que nunca foi questionado por isso. A experiência do festival deixou uma dívida para Paulinho que buscava inspiração para compor uma música em homenagem à sua escola.
O primeiro disco solo aconteceu em 1968. Paulinho já tinha alguma projeção devido a sua participação no espetáculo e no disco Rosa de Ouro, no disco Na Madrugada, por suas músicas gravadas por Elizete Cardoso e Elza Soares, e também pelo festival de música de 1966. A intenção do diretor musical da Odeon, Milton Miranda, era contratar Paulinho para ser cantor, e não necessariamente compositor, por isso que em seu primeiro disco solo, que leva o seu nome, Paulinho canta poucas músicas suas. O período em que gravou na Odeon foi um dos mais férteis de sua carreira. Teve início em 1968 e terminou em 1980. Foram gravados nesta fase 11 discos.
No ano de 1969, Paulinho venceu o último festival da TV Record com "Sinal Fechado". Tirou também, no mês de maio, o primeiro lugar na Feira Mensal de MPB da TV Tupi com o samba "Nada de Novo" ao lado de "Que Maravilha" de Toquinho e Jorge Bem. Meses depois, nessa mesma feira, lança o seu maior sucesso até hoje, "Foi um Rio Que Passou em Minha Vida", logo gravado num compacto com mais três músicas suas: Sinal Fechado, Ruas que sonhei e Nada de Novo.

"Foi um Rio que Passou em minha vida" tornou-se o maior sucesso do ano de 1970. Estourou em todo o país e projetou Paulinho nacionalmente. Finalmente foi a resposta que a Portela esperava pelo samba "Sei Lá Mangueira", lançado anos antes. A resposta de Paulinho veio em forma de sucesso nacional e tornou-se um hino de exaltação á sua escola de coração. Esta é a música mais lembrada de toda a carreira do compositor e no ano de 2000 foi considerada uma das 30 mais importantes músicas brasileiras da história pela maior rede de televisão do país, a Rede Globo.
Em toda a década de 70, Paulinho gravou em quase todos os anos. Em dois momentos, chegou a lançar dois discos num mesmo ano. Nesse período, criou espetáculos como Sarau, Vela no Breu e Zumbido. Todos com grande sucesso de público e crítica.
Em 1981, já como músico consagrado, Paulinho lança seu primeiro disco na gravadora Warner, um ano depois lança A Toda Hora Rola uma História e em 1983 o seu último disco nesta gravadora, Prisma Luminoso, um dos preferidos do autor.
A qualquer momento este artista de quase 40 anos de carreira pode aparecer com um novo trabalho, reafirmando sua importância na música e na história da cultura brasileira. Há sempre a necessidade de fazer mais. Muitos críticos definem a obra de Paulinho da Viola como uma ponte entre a tradição e a modernidade. Como ele mesmo diz: "Não vivo no passado, o passado vive em mim", e com ele recria sua música sem olhar pra trás.


Paulinho da Viola- Foi um rio que passou em minha vida

Carlinhos Brown




Carlinhos Brown, nome artístico de Antônio Carlos Santos de Freitas, (Salvador, 23 de novembro de 1962) é um cantor, percussionista, compositor, produtor e agitador cultural brasileiro. Na Espanha também é conhecido como Carlito Marrón.Seu nome artístico consta ser uma homenagem a James Brown e H. Rap Brown, líderes da música negra da década de 70, ídolos do funk e da soul music. Foi iniciado na música através de Osvaldo Alves da Silva, o Mestre Pintado do Bongô. Seus primeiros instrumentos, que marcariam toda sua carreira e estilo musical, foram os de percussão, com aprendizado e desenvolvimento das células rítmicas provenientes dos terreiros de candomblé.
Em 1979, tocou na banda de rock Mar Revolto, em sua primeira gravação profissional. Carlinhos tornou-se um dos instrumentistas mais requisitados da Bahia no início da década de 80. Em 1984 tocou na banda Acordes Verdes, de Luiz Caldas. Foi um dos criadores do samba-reggae e, em 1989, fez parte da banda de Caetano Veloso no disco Estrangeiro. Nesta participação, sua composição "Meia Lua Inteira" fez muito sucesso o Brasil e no exterior. Ainda em em 1985, o próprio Luiz Caldas gravou “Visão de Cíclope”, primeira composição de Carlinhos Brown e um dos sucessos mais tocados nas estações de rádio de Salvador.
Em seguida surgiram “Remexer”, “O Côco” e “É Difícil”, composições suas interpretadas por outros artistas, que lhe renderam o troféu Caymmi, um dos mais importantes da música baiana. Participou também de turnês mundiais com João Gilberto, Djavan e João Bosco.Na década de 90 projetou-se nacional e internacionalmente como líder do grupo Timbalada. Este grupo reuniu mais de 100 percussionistas e cantores, chamados de "timbaleiros", a maioria jovens pobres do bairro do Candeal, onde nasceu o compositor. Atualmente não toca mais regularmente com esta banda, mas Brown continua a ser o mentor e produtor do grupo, em todos os 14 álbuns que a banda lançou até hoje. Em 1993 o álbum homônimo na banda foi indicado pela Revista Billboard como "o melhor CD produzido na América Latina".
Após o sucesso da Timbalada começou sua carreira solo oficial em 1996, com o lançamento do disco "Alfagamabetizado". Recentemente o álbum entrou para a lista do livro "1001 discos para ouvir antes de morrer", que reúne opiniões de 90 críticos reconhecidos internacionalmente.Neste álbum já ocorreram participações de músicos renomados como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Marisa Monte. Com esta cantora e compositora carioca e com Arnaldo Antunes lançou em 2002 o projeto Tribalistas. O trabalho coletivo lançou CD e DVD que arrebatou prêmios e alcançou a marca de mais de 1 milhão de discos vendidos.
Desde o lançamento de seu primeiro CD solo, Brown contabiliza cinco trabalhos, sendo o mais recente lançado em 2007. Intitulado “A Gente Ainda Não Sonhou”, o disco é totalmente produzido e quase todo tocado por Brown. Atualmente, o músico se divide entre a carreira internacional que tem uma base sólida principalmente na Europa, seus projetos sociais no bairro do Candeal Pequeno, em Salvador, além dos projetos culturais, shows, produção de discos e trilhas para espetáculos de dança, filmes, dentre outras produções.
Recentemente lançou o single Earth Mother Water, um apelo pela preservação do planeta, que responde aos mal-tratos com mudanças climáticas. O videoclipe da música foi dirigido por Gualter Pupo e Valter Kubrusly e faz parte de manifestações contra o consumo irresponsável.

Carlinhos Brown - One more time ( Ao Vivo )


Margareth Menezes



Margareth Menezes (Salvador, 13 de outubro de 1962) é uma cantora, compositora e produtora, atriz e empresária brasileira de axé, mpb e samba-reggae.
Autora de momentos marcantes para a música popular brasileira e baiana, Margareth, nos seus 21 anos de carreira, popular pela potente voz, viajou à todos os continentes, contabilizando 20 turnês mundiais e 12 álbuns lançados.Foi fundadora dos blocos carnavalescos "Mascarados" e "Afropopbrasileiro", com os quais desfila durante o Carnaval.
Os álbuns Elegibô e Kindala alcançaram, respectivamente, a 1° e 2° posição da Billboard World Albums. Margareth foi destaques nos principais jornais do mundo chegando ilustrar as capas do The New York Times, Le Monde, Washington Post, Players, Jornal do Brasil entre outros. O jornal americanos Los Angeles Times disse que Menezes é a "Aretha Franklin Brasileira".
Nascida em Boa Viagem, uma região pobre de Salvador, Margareth começou a cantar no coral da Igreja da Congregação Mariana da Boa Viagem.Aos quinze anos de idade, apendeu a tocar violão.Em 1980, aos dezoito anos de idade, conheceu e iniciou parceria com o música e compositor Silas Henrique. Nesse mesmo ano, deu início à carreira de atriz ao se apresentar na peça Ser ou não ser gente, no Teatro Vila Velha, em Salvador. No ano seguinte, 1981, estreou a peça "Máscaras", de Menotti Del Picchia, com direção de Reinaldo Nunes. Em 1982, estreia a peça "Inspetor Geral", de Nicolai Gogol, teatrólogo russo, sob a direção de Paulo Conde, com a participação do Grupo Troca de Segredo em Geral, que ficou um ano em cartaz.
No ano seguinte, participa da fundação do espaço cultural "Circo Troca de Segredos", onde realiza diversas peças infantil e adultas. Aos vinte um anos de idade começou a se apresentar em bares dando início à carreira de cantora, mas sem abandonar a sua carreira de atriz. Se apresenta no Circo Troca de Segredos, onde foi ovacionada, pela primeira vez, por um público de 1.500 pessoas.Depois disso, passou a fazer shows em Centros Sociais Urbanos, acompanhada por Silas Henrique.
Em 1984, participou da elaboração e idealização da pela "O Menino Maluquinho", de Ziraldo. Margareth ficou responsável por fazer a parte técnica vocal e operação de som. Conciliando as carreiras na música e no teatro, apresentou-se em São Paulo na peça "Colagens e Bobagens" em 1985. Nesse mesmo ano, produziu e dirigiu, ao lado de Silas Henrique, "Banho de Luz", seu primeiro show solo, que lhe rendeu o Troféu Caymmi de "Melhor Intérprete".
O último trabalho da cantora, Naturalmente, foi lançado em 2008, e recebeu críticas positivas. O site Território da Música, por exemplo, deu 3 estrelas, de 5, para o álbum, o jornal carioca O Globo disse que "a rainha do axé abandona sua seara e se lança numa roupagem elegante, firmando imagem de grande intérprete de Música Popular Brasileira".
Em entrevista ao mesmo jornal, Margareth disse que "É um momento novo, mas não significa que me desliguei. Esse disco não significa um rompimento (referente ao samba-reggae e ao afroreggae)"O Movimento Afropopbrasileiro é um projeto que traz atividades culturais, como exposições e pastras, além de shows da própria Margareth Menezes, que, muitas vezes, canta ao lado de grandes nomes da música popular brasileira. As apresentações contam com a direção da carioca Bia Lessa, o figurino foi criado por Valéria Kaveski e, aconteceu durante as quintas-feiras de janeiro e fevereiro. No primeiro movimento, realizado no dia 7 de Janeiro, Menezes recebeu Peu Meyrray, os Pneumáticos, o bloco afro Ilê Aiyê e o violinista paulistano Diego Figueiredo. Além disso, no decorrer do tempo, se apresentram ao lado da cantora baiana Gilberto Gil, Alcione, Elba Ramalho, Saulo Fernandes, Seu Jorge, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Zé Ramalho, Moraes Moreira, Davi Moraes, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Ney Matogrosso, Saul Barbosa, entre outros.O movimento conta com o patrocínio da Fundação Palmares, do Ministério da Cultura e, objetiva fazer um passeio pela cultura pop brasileira de raiz africana. O evento foi realizado no Cais Dourado, em Salvador, na Bahia.

Margareth Menezes - Raça Negra

O Olodum



O Olodum é um bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador na Bahia. Foi fundado em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindo-lhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro.Desenvolve ações de combate à discriminação social, estimula a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil
A Escola Olodum tem como missão o desenvolvimento da cidadania e preservação da cultura negra, oferecendo um saber afro brasileiro e novas formas de conhecimentos adicionais àqueles adquiridos no sistema formal de ensino.
Esse projeto pioneiro de educação popular afro brasileiro teve origem no projeto Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Olodum, composto de aulas gratuita de percussão de bloco afro, e dos cursos afro - brasileiros de curta duração.
Inicialmente visava atender uma solicitação da comunidade do Maciel/Pelourinho para que fosse formada uma banda de percussão integrada por crianças e adolescentes do bairro.
Eles viviam em situação de risco e vulnerabilidade social e sem perspectivas de integrar-se socialmente por conta do estigma marginal que na época existia contra os moradores da área.

O lodum - A Brisa Do Mar

Timbalada



A Timbalada é uma banda de origem da cidade de Salvador, Bahia. A banda é conhecida pelo seu axé music e por seu ritmo parecido com o Olodum e o Ilê ayê.
A banda é uma das atrações do Carnaval de Salvador, e representa bastante a etnia negra que existe na Bahia.
A banda estreiou para o mundo em 1993 num show na cidade de Aracaju, onde foi feito um verdadeiro Candeal. A partir dai a banda fez diversas apresentações em diversos programas de Tv e shows.
Uma das principais marcas da banda são os corpos pintados de seus integrantes. A primeira formação da banda conta com os cantores Ninha, Pátricia e Xéxeu. em 2006 Ninha sai da banda e forma a banda Tribahia, juntamente com Pátricia e Xéxeu. A Timbalada ganha uma nova cara e segue forte com Denny Silva e Amanda Santiago.
Em 2007 uma nova mudança, Amanda decide sair para se dedicar a um outro projeto, sobre a tutela de Carlinhos Brown. Nesse ano sob o comando de Denny a banda grava seu primeiro DVD, gravado em São Luis do Maranhão.

Timbalada - Beija Flor

Ara Ketu



O Bloco-afro Ara Ketu ou Povo de Ketu fundado em 8 de Março de 1989 por moradores do subúrbio ferroviário de Periperi de Salvador na Bahia foi um dos primeiros blocos a mudar de estilo musical saindo da estética afro para o ritmo mestiço Axé no ano de 1990.
Constituído inicialmente por um bloco de percussão, Dançarinos e associados o “Ara” como é mais conhecido incorporou instrumentos de sopro, bateria e teclado para se reformular.
O bloco é comandado pela Banda Ara Ketu, que atualmente é comandada pela cantora Larissa Luz
Este ano de 2010, o Bloco Araketu comemora 30 anos com uma festa em Periperi, Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia.


Ara Ketu -- Em Você Tudo é Lindo - Vídeo Oficial


Alicia Keys






Alicia Keys (nome artístico de Alicia Augello-Cook; Nova Iorque, 25 de janeiro de 1981 é uma cantora, compositora, produtora e pianista norte-americana de música R&B/soul. Keys é uma artista de renome, tendo vendido mais de 30 milhões de álbuns e 25 milhões de singles, ganhou vários prêmios, incluindo doze Grammys, dez Billboard Music Awards e cinco American Music Awards. Alicia é conhecida mundialmente pelo sucesso de seus singles "Fallin'", "You Don't Know My Name", "If I Ain't Got You", "My Boo", "No One", "Empire State of Mind", entre muitos outros

O primeiro álbum de Keys, Songs in A Minor, foi lançado nos Estados Unidos em junho de 2001, e estreou na primeira posição na lista dos mais vendidos da Revista Billboard, vendendo 235 000 cópias na primeira semana (50 000 delas no primeiro dia. Venderia mais de dez milhões de cópias no mundo todo, estabelecendo a popularidade de Keys dentro e fora dos EUA. O primeiro single do álbum, "Fallin'", ganhou grande rotação em rádios de diferentes estilos musicais (do R&B e Hip-Hop ao pop) e ficou seis semanas na primeira posição da lista dos singles mais vendidos da Billboard. Keys interpretou "Someday We'll All Be Free" de Donny Hathaway no concerto televisionado America: A Tribute to Heroes dedicado às vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O próximo single de Songs in A Minor, "A Woman's Worth", ficou entre os dez mais vendidos dos EUA. Keys e seu álbum ganharam cinco Grammys em 2002, incluindo Melhor Artista Revelação e Canção do Ano com "Fallin'". Mais tarde, em 6 de março de 2002, Keys lançou Remixed & Unplugged in A Minor, uma re-edição de Songs in A Minor com 8 remixes e 7 versões acústicas de algumas músicas encontradas originalmente em seu primeiro álbum.
O terceiro single lançado de Songs in A Minor, "How Come You Don't Call Me" foi um relativo fracasso para Keys, atingindo a posição de número cinquenta e nove entre os mais vendidos da Billboard. No entanto, o single "Gangsta Lovin'" (um dueto que Keys fez com a rapper Eve para o álbum dela Eve-Olution) atingiu a segunda posição entre os mais vendidos daquela publicação, se tornando outro hit para Keys. O quarto e último single de Songs in A Minor, "Girlfriend", foi lançado apenas fora dos Estados Unidos, e atingiu a décima terceira posição no ranking dos mais vendidos da Austrália segundo a ARIA.
As críticas do álbum de Keys foram basicamente positivas. O trabalho de Keys foi comparado à música soul dos anos 1970 como a de Curtis Mayfield e Marvin Gaye com influências no hip-hop. No entanto, algumas pessoas acusaram Keys de plágio, especificamente em "Fallin'", em que ela interpola o ritmo da canção "It's A Man's World" de James Brown ao seu. Mas James Brown não foi creditado como compositor da canção graças à J Records, que pagou os devidos royalties a Brown. Depois disso, tudo foi esclarecido.


Alicia Keys - Fallin
Ray Charles
Ray Charles (Albany, 23 de Setembro de 1930 — Los Angeles, 10 de Junho de 2004) foi um pianista pioneiro e cantor de música soul que ajudou a definir o seu formato ainda no fim dos anos 50, além de um inovador intérprete de R&B.

Seu nome de nascimento era Ray Charles Robinson, mas ele encurtou-o quando entrou na indústria do entretenimento para evitar confusão com o famoso boxeador Sugar Ray Robinson. Considerado um dos maiores gênios da música negra americana, Ray Charles também foi um dos responsáveis pela introdução de ritmo gospel nas músicas de R&B.
Ele era o filho da Aretha Williams, que trabalhava em uma serraria de tábuas, e Bailey Robinson, um reparador de ferrovia, mecânico e biscateiro.[1] Os dois nunca se casaram. A família mudou-se para Greenville, Flórida, quando Ray era um bebê. Bailey teve mais três famílias, Aretha cuidava da família sozinha.
Ray Charles não era cego de nascença. Ele ficou totalmente cego aos sete anos de idade.Charles nunca soube exatamente por que ele perdeu a visão,apesar de existirem fontes sugerem que sua cegueira era devido a glaucoma, e algumas outras fontes que sugerem que Ray começou a perder a sua vista a partir de uma infecção causada por água com sabão nos olhos dele, que foi deixado sem tratamento.Frequentou a Escola para Cegos e Surdos de Santo Agostinho, em St. Augustine, Flórida. Ele também aprendeu a escrever música e tocar vários instrumentos musicais.Enquanto ele estava lá, a mãe dele morreu seguido por seu pai dois anos depois.
Órfão na adolescência, Ray Charles iniciou sua carreira tocando piano e cantando em grupos de gospel, no final dos anos 40. A princípio influenciado por Nat King Cole, trocou o gospel por baladas profanas e, após assinar com a Atlantic Records em 1952, enveredou pelo R & B. Quando o  rock & roll estourou com Elvis Presley em 1955, e cantores negros como Chuck Berry e Little Richard foram promovidos, Ray Charles aproveitou o espaço aberto na mídia e lançou sucessos como "I Got a Woman" (gravada depois por Elvis), "Talkin about You", "What I'd Say", "Litle girl of Mine", "Hit the Road Jack", entre outros, reunindo elementos de R & B e gospel nas músicas de uma forma que abriram caminho para a soul music dos anos 60, e tornando-o um astro reverenciado do pop negro.
A partir de então, embora sempre ligado ao soul, não se ateve a nenhum gênero musical negro específico: conviveu com o jazz, gravou baladas românticas chorosas e standards da canção americana. Entre seus sucessos históricos desta fase estão canções como "Unchain My Heart", "Ruby", "Cry Me a River", "Georgia on My Mind" e baladas country tais como "Sweet Memories", e seu maior sucesso comercial, "I Can't Stop Loving You", de 1962. Apesar de problemas com drogas que lhe prejudicaram a carreira, as interpretações de Ray Charles sempre foram apreciadas, não importando as músicas que cantasse. Uma "aura" de genialidade reconhecida acompanhou-o até o fim da vida e mais do que nos últimos álbuns que gravou, era nas suas apresentações ao vivo que o seu talento único podia ser apreciado.
Um notório mulherengo, Ray Charles casou-se duas vezes e foi pai de doze crianças com sete diferentes mulheres. Sua primeira esposa foi Eileen Williams (casado em 1951, divorciado em 1952) deu-lhe um filho. Outros três filhos são de seu segundo casamento, em 1955, com Della Beatrice Howard (divorciaram-se em 1977).Sua namorada longo prazo e parceiro no momento da sua morte era Norma Pinella.

Seus filhos são:

  • Charles Wayne Hendricks (filho de Marge Hendricks - uma das Raelettes)
  • Evelyn Robinson (filha de Louise Mitchell)
  • Raenee Robinson (filha de Mae Mosely Lyles)
  • Sheila Robinson (filha de Sandra)
  • Jean Bettincent Kotchounian (filho de Arlette Kotchounian - trabalhou com ele como fotógrafa do álbum Would You Believe)
  • David Robinson (filho de Della Robinson)
  • Ray Charles Robinson, Jr. (filho de Della Robinson)
  • O reverendo Robert Robinson (filho de Robinson)
  • Reatha Butler
  • Alexandria Bertrand (filha de CHANTELLE Bertrand)
  • Robyn Moffet (filha de Gloria Moffet)
  • Ryan Corey Robinson den Bok (filho de Mary Anne den Bok)

Charles deu cada um de seus 12 filhos US$ 1.000.000,00 sem impostos em 2004 um pouco antes de morrer.
Faleceu na idade de 73 anos, às 11h35 no dia 10 de junho de 2004 em sua casa de Beverly Hills, onde estava com seus familiares, vítima de uma doença no fígado. Foi enterrado no Cemitério Inglewood Park, localizado em Los Angeles na Califórnia.



Ray Charles - I Can´t Stop Loving You (Dick Cavett Show)